A VIDA PÓS AVC: VENCER NOVOS DESAFIOS
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Foto Facebook do Adequando Realidades |
O Acidente Vascular Cerebral ( AVC )é a segunda doença que mais causa morte e a primeira em provocar incapacidade nas suas vítimas. Como um sobrevivente de um AVC Hemorrágico grave irei expor um pouco da minha vida pós AVC.
Em primeiro lugar agradeço a DEUS por ter sobrevivido ao AVC, pois, não era possível fazer nada apenas clamar a Deus, esperar o milagre acontecer , ser cirurgiado, passar 15 dias em uma UTI e ao voltar ao meu lar começar a constatar a minha nova realidade.
Em segundo lugar aceitar a minha situação e começar o esforço para superar e a me adaptar às seqüelas decorrentes da lesão neurológica que atingiu os movimentos de um lado do corpo (Hemiparesia Espastica do lado esquerdo). A sorte de contar com uma esposa é dedicada que está sempre ao meu lado é também das minhas filhas que apesar de serem praticamente crianças agiram igual a mãe sendo ambas de grande importância para tornar possível a minha vontade de enfrentar o desequilíbrio do corpo, ter ânimo para o convívio social e lutar pelo retorno a minha atividade Laboral.
Além das barreiras físicas e arquitetônicas que passei a enfrentar diariamente a pior barreira que passei a enfrentar é a BARREIRA ATITUDINAL.
A BARREIRA ATITUDINAL é a pior das barreiras que uma vítima de AVC tem que superar, porque ela afeta o convívio social em todos os sentidos, desde o preconceito sobre as causas do AVC, a convivência nos ambientes públicos até chegar ao pior que é as pessoas acreditarem e chegar a impor que você é incapaz para o exercício de uma atividade profissional . Claro que tenho dificuldades motoras do lado esquerdo do meu corpo e que preciso conviver com esta limitação, mas a minha limitação é apenas física, porque graças a DEUS a minha fala, a minha memória e a minha capacidade intelectual foram preservadas.
Muitas lutas pós AVC, são:
Aceitação;
Fatores psicológicos;
Diminuir as seqüelas;
Evitar o vitimismo;
Conquista da inclusão social;
SUPERAR A BARREIRA ATITUDINAL
Como já mencionei o retorno ao exercício de uma atividade laboral é mais difícil devido ao preconceito, a falta de conhecimento de que o retorno ao exercício de uma atividade laboral é importante para que o cidadão vítima de AVC tenha melhoras psicológicas e emocionais com a sua reinserção no ambiente profissional de forma produtiva e por último a falta de conhecimento da legislação brasileira que garante o direito à reinserção no mercado de trabalho através da reabilitação ou a readaptação do trabalhador.
Logo, precisei enfrentar conflitos internos, não desistir da minha vida e também enfrentar o preconceito de que a vítima de AVC é incapaz. Então, estou vencendo diariamente todos estes desafios e se for da vontade de DEUS quero realizar muitos sonhos que tinha antes do AVC e que tenho até hoje.
ADQUIRI UMA DEFICIÊNCIA E SOU CAPAZ DE FAZER MAIS DO QUE FAZIA ANTES PROFISSIONALMENTE!
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