quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Educação inclusiva exige mais que palavras e mídias: exige estrutura


 A cada campanha institucional, vemos escolas públicas estampando cartazes com frases como “Educação para todos” ou “Inclusão é nosso compromisso”. Mas basta visitar os prédios onde essa promessa deveria se concretizar para perceber o abismo entre o discurso e a prática. Rampas inexistentes, escadas sem alternativa, banheiros inacessíveis, salas apertadas e corredores estreitos  essa é a realidade de muitas escolas que se autoproclamam inclusivas.


Não há inclusão onde não há acesso. E não há como falar em educação inclusiva sem enfrentar a questão da acessibilidade física com seriedade. A inclusão não se faz com vídeos emocionantes nas redes sociais, nem com discursos em eventos oficiais. Ela se faz com cimento, com projeto arquitetônico, com investimento público e com fiscalização rigorosa.


Acessibilidade não é um luxo, é um direito constitucional


A Constituição Federal e a Lei Brasileira de Inclusão são claras: pessoas com deficiência têm direito à educação em igualdade de condições. Isso inclui o acesso físico ao ambiente escolar. Quando uma escola não oferece estrutura adequada, ela está violando esse direito. E mais: está excluindo, está discriminando, está negando cidadania.


A ausência de acessibilidade não afeta apenas os alunos com deficiência. Ela impacta toda a comunidade escolar  professores, funcionários, familiares e visitantes. Uma escola acessível é uma escola mais segura, mais justa e mais preparada para acolher a diversidade humana.

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