Como educador e cidadão atento às políticas públicas que impactam diretamente a qualidade da educação, venho acompanhando com preocupação as discussões sobre o reajuste do piso salarial nacional dos professores para o ano de 2026. Neste texto, compartilho um panorama das principais propostas em debate, com base em fontes confiáveis que consultei para entender melhor o cenário.
Regra atual: Fundeb como referência
Atualmente, o reajuste do piso salarial é definido pela Lei 11.738/2008, que vincula o aumento à variação do Valor Anual Mínimo por Aluno (VAAF) do Fundeb. Essa regra tem garantido reajustes reais em alguns anos, mas também apresenta limitações. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a estimativa de reajuste para 2026 é de apenas 0,85%, o que representa uma perda significativa frente à inflação. Essa informação foi publicada pela própria CNTE em seu site oficial (fonte).
Alternativa: Reajuste pelo INPC
Diante da baixa projeção pelo Fundeb, uma proposta alternativa seria utilizar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) como base para o reajuste. Essa medida garantiria, ao menos, a reposição da inflação. Em 2025, o INPC acumulado deve ficar entre 4,5% e 5%, segundo estimativas divulgadas em matéria do portal Terra (fonte). Embora não assegure valorização real, essa proposta é vista como mais estável e previsível.
Proposta estratégica: Equiparação com outras carreiras
Outra proposta que considero fundamental é a equiparação salarial dos professores com outras carreiras de nível superior, conforme previsto na Meta 17 do Plano Nacional de Educação (PNE). Essa medida busca valorizar efetivamente o magistério, tornando a profissão mais atrativa e respeitada. A discussão sobre essa proposta foi abordada pelo Sinteal em uma análise sobre as perspectivas para o piso em 2026 (fonte).
Avanço legislativo: PL 672/25
Além das propostas de reajuste, há também iniciativas legislativas que ampliam o alcance do piso. Um exemplo é o Projeto de Lei 672/25, aprovado pela Câmara dos Deputados, que garante o direito ao piso salarial também para professores temporários. Essa medida foi noticiada pelo portal R7 (fonte) e representa um avanço importante na valorização da categoria.
Acredito que a definição do reajuste do piso salarial para 2026 é mais do que uma questão técnica: é um indicativo do compromisso do país com a educação pública de qualidade. Como professor, acredito que é essencial acompanhar essas discussões, cobrar dos gestores públicos uma política salarial justa e lutar por uma valorização que esteja à altura da importância da nossa profissão.

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