A inclusão escolar de pessoas com deficiência não é apenas uma exigência legal, mas um compromisso ético e social. A pedagogia histórico-crítica, desenvolvida por Dermeval Saviani, nos lembra que a escola tem como função central a socialização do conhecimento historicamente produzido pela humanidade. Esse saber não pode ser privilégio de alguns: deve ser acessível a todos, sem exceção.
Nesse cenário, professores e gestores educacionais assumem papel fundamental. São eles os responsáveis por transformar o princípio da inclusão em prática cotidiana, garantindo que estudantes com deficiência tenham acesso pleno ao conhecimento e às condições necessárias para participar da vida escolar e social.
O papel dos professores
- Mediação pedagógica crítica: adaptar metodologias sem reduzir o rigor intelectual, assegurando que todos aprendam.
- Combate ao capacitismo: desconstruir preconceitos e valorizar as potencialidades dos estudantes com deficiência.
- Formação contínua: investir em estudo e reflexão para aprimorar práticas inclusivas.
A responsabilidade dos gestores
- Infraestrutura e recursos: garantir acessibilidade física, tecnológica e pedagógica.
- Formação da equipe: promover capacitações e incentivar práticas alinhadas à pedagogia histórico-crítica.
- Cultura institucional inclusiva: consolidar valores que reconheçam a diversidade como riqueza da escola.
Inclusão como prática emancipatória
A pedagogia histórico-crítica nos ensina que a inclusão não é concessão, mas direito histórico. Professores e gestores têm a responsabilidade de transformar esse direito em realidade, universalizando o acesso ao saber e formando sujeitos capazes de compreender e transformar o mundo.
Assumir esse compromisso é reconhecer que a escola deve ser espaço de emancipação, onde todos sem exceção possam aprender, crescer e participar plenamente da sociedade.
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